O
câncer de pele é o tipo mais freqüente dos 100 diagnosticados
clinicamente, correspondendo a cerca de 25% de todos os casos
registrados no Brasil. Para este ano o número de novos casos está
estimado em 53.410 entre homens e 60.440 nas mulheres (estes valores
correspondem a um risco de 56 casos novos para cada 100 mil homens e 61 /
100 mil mulheres) segundo dados do INCA. Ele tem sido uma importante
causa de doenças e mortes em nosso país. Desta doença, 90% estão
relacionados à exposição excessiva aos raios ultravioletas e aos efeitos
cumulativos que eles provocam ao longo da vida. E, se diagnosticados
precocemente podem ser totalmente curados.
Essa doença é um tumor formado por células que sofreram uma transformação e multiplicam-se de maneira desordenada e anormal dando origem a um novo tecido (neoplasia). Entre as causas que predispõem ao início desta transformação aparece como principal agente a exposição prolongada e repetida à radiação ultra-violeta do sol. Além disso, não podemos deixar de destacar os fatores genéticos e ambientais (destruição da camada de ozônio/poluição) que também são importantes. Alguns sinais podem ser observados visualmente tais como manchas que coçam, descascam ou que sangram; sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor; e, feridas que não cicatrizam após 4 semanas e que geralmente não doem. Vale ressaltar que essa irradiação é tão nociva que promove também um envelhecimento celular precoce favorecendo o aparecimento de rugas e flacidez. Faça sempre seu auto-exame, cuide-se.
Este tipo de câncer atinge principalmente as pessoas de pele clara as que devem dar atenção especial ao auto-exame. Cerca
de 90% das lesões localizam-se nas áreas da pele que ficam expostas ao
sol, o que mostra a importância da exposição solar para o surgimento do
tumor e a facilidade em seu diagnóstico. Ele se manifesta de duas formas: os carcinomas (que têm uma incidência alta de 70-80%; tem baixa malignidade e é indolor), e os melanomas (que variam entre 5-7%; é maligno, curável e tem crescido 20% nos últimos 10 anos no Brasil).
A
arma mais eficaz contra o câncer de pele e outras lesões provocadas
pelos raios UV é evitar a exposição ao sol sem proteção (exposição
direta).O fator de proteção solar (FPS) é muito importante quando se
pensa em tomar sol. Ele se relaciona diretamente com a qualidade e com a
natureza dos filtros usados na elaboração do protetor solar e podem
variar de 2 a 60. Quando se usa um filtro solar com FPS 15, por exemplo,
a pele que leva um determinado tempo para ficar vermelha leva 15 vezes
mais tempo para ficar nesse mesmo estado. O tempo em que o filtro solar
continuará a absorver os raios UV será maior quanto maior for o FPS,
diminuindo a freqüência com que se deve reaplicá-lo. Também devem ser
tomadas precauções na hora de se escolher um filtro solar, no sentido de
se procurarem os que protegem não só contra os raios UV-B mas também
contra os raios UV-A.
Proteja
sua pele da radiação solar, já que esta é a principal forma de
prevenção da doença. Veja algumas recomendações que podem diminuir os
efeitos danosos do sol:
- Use
sempre um filtro solar com fator de proteção solar (FPS) igual ou
superior a 15, aplicando-o generosamente pelo menos 20 minutos antes de
se expor ao sol e sempre reaplicando-o após mergulhar ou transpiração
excessiva.
- Use
chapéus, guarda-sóis, óculos escuros e barracas grossas, que bloqueiem
ao máximo a passagem do sol. Mesmo assim use o filtro solar, pois parte
da radiação ultra-violeta reflete-se na areia atingindo a sua pele.
- Evite o sol no período entre 10 e 15 horas (período de maior incidência dos raios ultra-violetas nocivos).
- A
grande maioria dos cânceres de pele localizam-se na face; proteja-a
sempre sem esquecer de proteger os lábios e orelhas (locais comumente
afetados pela doença).
- Faça
uma visita anual ao dermatologista para avaliação de sua pele e
tratamento de eventuais lesões pré-cancerosas ou não. Não tenha medo do
diagnóstico, pois ele salva vidas.
DICA:
comece a se proteger o quanto antes - cerca de 75% da radiação solar
recebida durante a vida ocorre nos primeiros 20 anos sendo que os seus
efeitos só se manifestam com o passar do tempo e as lesões só começam a
aparecer na maioria das vezes ao redor dos 40 anos. Portanto, proteja as
crianças já que estas se expõem ao sol bem mais que os adultos e
estimule os adolescentes a se protegerem também.
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